quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Ilha de Fortuna - Lugares Que Ninguém Conhece

Uma "curiosidade arqueológica" pra vocês!

No começo da década passada eu me uni ao cartunista e roteirista Marcelo Garcia para fazermos algumas HQs do universo da Ilha de Fortuna, "o lugar menos visitado do mundo". A ilha e seus personagens eram criação dele, mas eu curtia tanto que considerava-os, em parte, meus também. Era um microcosmo para falarmos do Brasil, e tinha muitas particularidades. Uma delas é que todas as cidades da ilha eram nomeadas com números. A capital da ilha, por exemplo, chamava-se "Um".

As páginas desta HQ (colocadas aqui em estágios diferentes de produção), "Lugares Que Ninguém Conhece", seria o primeiro álbum que faríamos com a ilha e seus personagens. Infelizmente, não foi possível... Mas, fiquem com essas páginas como curiosidade e um registro desse projeto que eu gostava muito de fazer.








terça-feira, 18 de outubro de 2016

Rá-Tim-Bum

Encontrei no meio da bagunça um desenho da turma do Castelo Rá-Tim-Bum que eu havia começado meses atrás, mas deixei de lado pra cuidar de outras coisas e acabei esquecendo. Vou dar um jeito de terminá-lo assim que a correria passar!:




segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Samael Duncan

Fiz essa ilustração baseada numa história do Samael Duncan, personagem criado pelo meu amigo Alexandre Lobão. Já fazia muito tempo que a havia começado, mas por causa da correria nunca terminei. Ultimamente estou na vibe de concluir coisas não terminadas. :)



domingo, 2 de outubro de 2016

O pequeno Jean - Missão Impossível

Ainda não é um retorno do meu "hiato" (que não tem data pra acabar), mas sempre que puder trarei uma tira nova. :) Sinto falta de fazer isso!


sábado, 1 de outubro de 2016

Marinacobra

O processo teve início quando Marina ainda era criança. Mal começou a dominar os movimentos de sua língua e ela já soltava veneno por toda parte, a começar, claro, por sua família: a mãe, que a repreendia, era uma porca; o pai, um bundão; o irmão, um trouxa.
Cresceu um pouco mais, foi para a escola, onde estendeu o veneno para os professores. A de inglês era uma vaca magrela, a de português, uma puta velha. Depois começou a trabalhar, e determinou que o chefe era um corno manso. Mas não mais corno que o vizinho pobretão, que ganhava a vida como jardineiro. Esse, além dos apêndices cranianos e da mansidão, era também um viado vagabundo.
Foi então que aconteceu.
Naquela manhã, Marina acordou com fortes dores no estômago. Achou que eram cólicas menstruais. Depois pensou que "deve ter sido aquela merda de salgadinho que comeu na lanchonete do japonês filho da puta".
As dores se espalharam por todo o corpo. Os braços e as pernas de Marina começaram a encolher com uma rapidez espantosa, até desaparecerem por completo; ao mesmo tempo em que o corpo de Marina ia ficando cada vez mais magro e roliço. Sua pele branca se transformou, dando lugar a um tecido escamoso e frio, tão frio quanto o coração de Marina.
Quando a transformação terminou, ela se olhou no espelho do quarto. Viu seu corpo esguio, os olhos perversos, a linguinha balançando pra fora da boca com um silvo. Não se assustou. Ao contrário, deu um sorriso de satisfação.
- Aaah… Agora sssssim! Esssssa ssouu eeeeuuu!
Marinacobra deu um outro sibilo, fez meia volta, dirigiu-se para a porta de casa, admirada com a agilidade de seu novo corpo. Ia sair, ganhar o mundo. Sentiu suas presas pontiagudas, cheias de veneno, e deliciou-se. Não via a hora de sair e morder uma pessoa, duas, três, quantas ela quisesse.
Nisso, vinha andando pela calçada o vizinho jardineiro, aquele pé de chinelo, com sua bolsa velha, certamente indo trabalhar em algum jardim por aí. Marinacobra decidiu que seria sua primeira vítima. Foi deslizando rapidamente direção dele, sem hesitar.
Ela só não pensou num detalhe: o vizinho era corno manso, viado e vagabundo, mas não era medroso. Não de cobra.
Assim que a viu, o jardineiro puxou um facão imenso de dentro da bolsa encardida. Antes que Marinacobra pudesse xingá-lo de alguma coisa, sua cabeça foi separada de seu corpo. A língua ainda se agitava para fora da boca, que abria e fechava rapidamente, tentando talvez soltar algum veneno em seus últimos espasmos de vida.

Foi o fim de Marinacobra.

terça-feira, 27 de setembro de 2016

A Cidade das Maravilhas

Demorei muito mais do que eu esperava, mas finalmente aí está a nova aventura do pequeno Jean, baseada em memórias da minha infância! Sobre essa história, não tenho muito o que dizer. Apenas... Acredite quem quiser! :)

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

O pequeno Jean - Nota baixa

A tira do pequeno Jean vai entrar em hiato por tempo indeterminado. Tenho várias tiras escritas, mas estarei impossibilitado de desenhá-las por um longo tempo. No entanto, creio que termino a nova HQ, finalmente, até o final deste mês e a deixarei aqui pra vocês lerem. Obrigado a todos(as) que estiveram aqui lendo e compartilhando minha humilde tirinha!


quarta-feira, 31 de agosto de 2016

sábado, 27 de agosto de 2016

Cespinho

No meu perfil pessoal do Facebook participei de uma brincadeira com outros amigos em que cada um devia falar sobre uma revista, entre muitas, que foi fundamental para cada um como desenhista de quadrinhos. Eu falei sobre a série do Asterix.

Mas aqui quero falar de uma outra revistinha que me impactou e que deve surpreender algumas pessoas (negativamente, talvez). Por incrível que pareça, era uma revista corporativa: o gibi do Cespinho, feita sob encomenda da CESP (Companhia energética de São Paulo) e da CPFL (Companhia de Força e Luz).


Não lembro quantos anos eu tinha na época. Se levar em conta um artigo que encontrei sobre a revistinha, devia ter uns 9 ou 10 anos. Achei a revista na rua, enquanto ia ao supermercado (vestido, dessa vez!). O fato de haver encontrado a coisa por acaso só aumenta a sensação de "magia" pra mim.

O que me fez gostar daquele simples gibizinho, além do traço que eu achava bem legal, era que, pela primeira vez na vida, estava vendo uma HQ que mostrava personagens e situações bem próximas do meu dia a dia. Os cenários eram familiares e eu os reconhecia como parte da minha realidade. Tudo bem diferente dos gibis que eu lia na época - geralmente ambientados em cenários americanizados, ou em selvas africanas e outros planetas. Além disso, havia o aspecto educativo, que me ensinava algo sobre a produção e distribuição de energia elétrica no meu estado. Eu não sabia que existiam quadrinhos assim, que ensinavam coisas!

A revista não trazia os créditos dos autores, como de costume na época. Lendo o artigo acima, fico sabendo, depois de tantos anos, que o roteiro foi escrito por Ivan Saidenberg (famoso roteirista de HQs Disney, da Abril), Paulo Paiva e Julio de Andrade Filho. Os desenhos ficaram a cargo do grande Carlos Edgard Herrero.



quarta-feira, 20 de julho de 2016

Uma luz na escuridão

No sketchbook hoje fiz um desenho baseado numa notícia que vi uns dias atrás e que me comoveu... Um grupo de presos que estava à espera do julgamento, sai da cela para ajudar um guarda que havia passado mal. Os policiais que vieram depois disseram que a ação deles salvou a vida do guarda.


sábado, 2 de julho de 2016

A faxineira e o entregador

Tardes de sol, morninhas, em pleno inverno, devem me deixar mais sensível mesmo.

O desenho de hoje no meu sketchbook foi feito a partir de uma cena que vi quando andava na rua. Já começava o fim de tarde e eu ia, como de costume, ao mercado comprar pão.

Uma faxineira de meia idade varria a frente do Edifício Agnes; na rua, vinha um homem transportando um botijão de gás. Ao se virem, cumprimentaram-se com um singelo "Boa tarde". Talvez fosse só minha imaginação, mas ao notar seus olhares e o tom de voz afetuoso que usaram, me pareceu que havia muito tempo de convivência e familiaridade entre eles. Vi passarem anos de amizade por ali, contidos num simples "Boa tarde".


quarta-feira, 29 de junho de 2016

Pessoas na rua

Não acredito em evolução espiritual ou coisa parecida, e sendo assim não sou o tipo de pessoa que espera algo de bom do ser humano. E vivo bem com isso, sem angústia nem preocupações.

Mas existem certos dias de inverno em que o sol aparece e deixa a temperatura morninha e agradável nas ruas e por dentro de mim. Nesses dias gosto de sair para comprar pão, andar um pouco e observar as pessoas na rua. Sem julgá-las. Apenas para observar e, talvez, desenhá-las depois, de memória. Nesses dias sinto uma certa ternura pelos seres humanos. Todas as coisas ruins que fazemos uns aos outros são esquecidas e o mundo parece estar em paz, ao menos naquele dia, ao menos naquele momento.


Novo blog

Não sei se alguém ainda se importa com esse negócio de blog (admito que, pra mim, tem dias que soa como uma coisa muito "antiga"),...